Eu, sou um ser por natureza apoquentado. Tenho de dissecar os problemas, compreende-los e preferencialmente resolve-los. Aí, só aí, consigo ficar descansada.
Então andava eu praí apoquentada com a taxa actual de divórcios. Coloquei inúmeras hipóteses, como razão para o aumento dos mesmos: Prostitutas mais baratas, Prostitutas mais limpinhas, Prostituição masculina, travestis mais aprumados, e por aí fora. Mas não, a razão é bem mais simples.
A culpa é das gajas! Antigamente, as mulheres comportavam-se como deve ser, tratavam bem dos seus homens. Ora vejamos os conselhos de revistas femininas dos anos 50, 60:
1)
Não se deve irritar o homem
com ciúmes e dúvidas.
(Jornal
das Moças, 1957)
2)
Se desconfiar da infidelidade do marido,
a esposa deve redobrar seu carinho e provas de afecto.
(Revista
Claudia, 1962)
3)
A desarrumação numa casa-de-banho desperta no marido
a vontade de ir tomar banho fora de casa.
(Jornal
das Moças, 1965)
4)
A mulher deve
fazer o marido descansar nas horas vagas. Nada de incomodá-lo com serviços
domésticos.
(Jornal
das Moças, 1959)
5)
Se o seu
marido fuma, não arranje zanga pelo simples fato de cair cinzas nos tapetes.
Tenha cinzeiros espalhados por toda casa.
(Jornal
das Moças, 1957)
6)
A mulher deve
estar ciente que dificilmente um homem pode perdoar a uma mulher que não tenha
resistido a experiências pré-nupciais, mostrando que era perfeita e única,
exactamente como ele a idealizara.
(Revista Claudia, 1962)
7)
Mesmo que um homem consiga divertir-se
com sua namorada ou noiva, na verdade ele não irá gostar de ver que ela cedeu.
(Revista Querida, 1954)
8)
É fundamental
manter sempre a aparência impecável diante do marido. (Jornal das
Moças, 1957)
9)
O lugar da
mulher é no lar o trabalho fora de casa masculiniza.
(Revista Querida, 1955)
Depois não digam que eu não avisei...