terça-feira, 31 de julho de 2012

A culpa é das gajas pá!

Eu, sou um ser por natureza apoquentado. Tenho de dissecar os problemas, compreende-los e preferencialmente resolve-los. Aí, só aí, consigo ficar descansada.

Então andava eu praí apoquentada com a taxa actual de divórcios. Coloquei inúmeras hipóteses, como razão para o aumento dos mesmos: Prostitutas mais baratas, Prostitutas mais limpinhas, Prostituição masculina, travestis mais aprumados, e por aí fora. Mas não, a razão é bem mais simples. 

A culpa é das gajas! Antigamente, as mulheres comportavam-se como deve ser, tratavam bem dos seus homens. Ora vejamos os conselhos de revistas femininas dos anos 50, 60:

1)      Não se deve irritar o homem com ciúmes e dúvidas.
(Jornal das Moças, 1957)

2)      Se desconfiar da infidelidade do marido, a esposa deve redobrar seu carinho e provas de afecto.
(Revista Claudia, 1962)

3)      A desarrumação numa casa-de-banho desperta no marido a vontade de ir tomar banho fora de casa.
(Jornal das Moças, 1965)

4)       A mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas. Nada de incomodá-lo com serviços domésticos.
(Jornal das Moças, 1959)

5)       Se o seu marido fuma, não arranje zanga pelo simples fato de cair cinzas nos tapetes. Tenha cinzeiros espalhados por toda casa.
(Jornal das Moças, 1957)

6)       A mulher deve estar ciente que dificilmente um homem pode perdoar a uma mulher que não tenha resistido a experiências pré-nupciais, mostrando que era perfeita e única, exactamente como ele a idealizara.
(Revista Claudia, 1962)

7)      Mesmo que um homem consiga divertir-se com sua namorada ou noiva, na verdade ele não irá gostar de ver que ela cedeu.
(Revista Querida, 1954)
           
8)       É fundamental manter sempre a aparência impecável diante do marido. (Jornal das Moças, 1957)

9)       O lugar da mulher é no lar o trabalho fora de casa masculiniza.
(Revista Querida, 1955)

Depois não digam que eu não avisei...



segunda-feira, 30 de julho de 2012

E pronto

Eu: Olha para a semana estou de férias, vamos passear?
Afilhado com a mania que é esperto: Vamos!!
Eu: E queres ir onde?
Afilhado com a mania que é esperto: À Disney! Queres ajuda a fazer a mala?

Quem me manda perguntar? Quem?

A sério, eu com 6 anos só queria ir comer um gelado, não fazia questão que fosse na Disney.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Tenho dito!


O drama, o horror, a tragédia

Eu pessoa agarra no telemóvel para mandar uma mensagem. Carrega no envelope e depara-se com o seguinte menu:




Confesso que não sei se mudei de país (nem para qual mudei, que nem consigo perceber que puta de língua é essa), ou se o meu telemóvel está simplesmente a mandar-me para o caralho.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

É como pipocas

Se há coisa que acho cá uma graça é a Brojeços, mas aqueles brojeços com a mania que são finos. Aquelas gentes que usa o cabelinho 'à Foda-se', parecem todas iguais à Cinha Jardim, e depois tiram macacos do nariz, como as outras pessoas todas, com o agravante de ser em público. Eu, ao menos, tiro os meus macacos na privacidade do meu lar, mas isso sou eu que sou labrega.

Gosto especialmente quando tratam as criancinhas por você. É tão fofinho ouvir "Guilherme, você não faça isso, venha cá à mãe", "Ai Bernardo você está a provocar uma enxaqueca à mãe". Começo logo a imaginar o futuro da conta poupança, que espero que ele tenha em seu nome:  pagar as sessões de acompanhamento psicológico. (Guilherme eu estou contigo!)

Gosto de as ver nos altos dos sapatos enormes, com os quais não sabem andar. Eu até compreendo, a adrenalina do "Será que é agora que vou cair?", deve ser deveras aliciante.

Mas a minha parte preferida (fora quando elas caem, gosto sempre quando pessoas caem), o que me faz saltitar que nem gafanhoto maluco é quando estala o verniz. Quando as Cinhas se esquecem que estão em público, quando tropeçam e largam um: 'Foda-se!' bruto como as portas. Quando se sentam a uma mesa dum bom restaurante e não sabem que talher usar, quando bebem água nos copos de vinhos. E depois se alguém as corrige ou critica, lá leva o Guilherme com a porra: "Guilherme, menino, já lhe disse para não distrair a mãe, que maçada!"

Ah, adoro quando o verniz estala.

Confesso que também aprecio o facto de estarem sempre cansadas.

O nosso galo é bom cantor

Perguntei-lhe quando é que descobriu que queria ser galo. Ele não entendeu.
Queria mesmo saber se era vocação, um chamamento ou uma coisa adquirida. E ele continuou sem entender.

O que reforça a minha teoria, porque para além de todos os dias de manhã, abrir o Facebook e gritar bom dia às pessoas, não deve muito à inteligência. Parece-me deveras óbvio que quer ser galo.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Viver sem olhar para baixo?

Vivemos a olhar para baixo, mirar o espelho e o sacana do extracto bancário.
Não temos dinheiro para a casa que queríamos, ou para o sofá que andamos a namorar. Lamentamos a ausência de loui vuitton no roupeiro. Choramos um carro melhor e a viagem com que sonhamos e teima em não chegar.

Criticamos o governo, os professores, o árbitro, o chefe, a administração. Queremos mudar tudo, quando há coisas tão simples de mudar. Queremos merdices, quando há quem queira apenas a oportunidade de viver.

A Bia ainda nem tem 4 anos e está a lutar pela sua vida. A Bia ainda não foi comprar material escolar pela primeira vez, escolher a mochila nova para levar para a sala dos grandes. Ainda não deu o seu primeiro beijo, ainda não jogou aos "mal casados", ainda não se apaixonou, ainda não sentiu que era dona do mundo, ainda não saboreou o que a vida tem reservado para ela. A Bia, que devia estar apenas a brincar com bonecas, está a lutar pela vida.

A Bia tem Leucemia, e como tantas outras crianças (e adultos), aguarda um dador compatível. E como ser dador de medula? É tão simples como dar sangue. Salvar uma vida é tão simples como dar sangue.

E eu pergunto-me: E que tal parar de lamentar e agir? E que ajudar alguém a ter uma vida tão feliz que a sua maior preocupação seja a cor do verniz que está na moda? A Bia, a Bia devia estar apenas a escolher vestidos para as Barbies, não a passar dias no IPO a fazer quimioterapia.

Porra pá, vamos ser dadores!

(Porque a Pólo é GRANDE!)

Mergulhos nas Ilhas Brumas

E foi aqui, exactamente aqui:


Que um bando de malucos deram um grande espectáculo.





 
 
 
Fotos RED BULL CLIFF DIVING IN AZORES PORTUGAL

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Notícias que me apoquentam

Cerveja IKEA chega a Portugal em Agosto (Notícia Aqui)

Portanto, o ideal para acompanhar aquelas almôndegas fantásticas.

Ainda me lembro



Do tempo em que as Segundas-Feiras eram dias que não me chateavam. 
Ah, e ainda me lembro do tempo, em que não dormia e não tinha olheiras. Bons tempos, eram mesmo bons tempos.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

E a vontade?

Estou com uma vontade incrível de suar, a sério. É de suar e de trabalhar. Estou com uma inércia tão grande, tão grande, que só posso concluir que fui atacada por um bando de criaturas não visíveis a olho nu, e que sugam a energia às pessoas.

Ora toda esta minha falta de energia/paciência/tesão/vontade, aplica-se também, com muita pena minha, ao meu cérebro. Telefonema do chefe:

- Gasper, estás a fazer alguma coisa de...
- Não. Não estou a fazer nada.
- Eu ia perguntar se estavas a fazer alguma coisa de urgente, porque precisava de uma ajuda tua. Mas nada Gasper? Queres mesmo dizer-me que não estavas a fazer nada?
- Querer dizer, não queria, mas parece que já disse.

Alguém está a contratar desbocadas por aí? Tenho o perfil ideal.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Ai dilemas

Ontem saí de casa para ir comprar um vestido branco nos saldos. Tinha um missão, uma tarefa simples: comprar um vestido branco, em saldo.

Voltei para casa com um biquini, que não é branco nem estava em saldos.

Estou um bocadinho desiludida comigo, confesso.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Pergunto

Por alma de quem é uma pessoa se besunta com base no corpo? É que eu já fico agoniada com a quantidade de base que ela apresenta na cara, essencialmente porque temo que ela se ria com mais convicção e voe uma lasca (bem grossa) de base e que eu, sem culpa nenhuma, seja atingida.

Gasper porque estás com um olho negro? Olha a estagiária entrou em decomposição e eu fui um dano colateral. Como podem ver seria deveras desagradável e estou, portanto, agoniada com este facto.

Pronto, volto à minha pergunta inicial: Por alma de quem é que esta criatura se barra em base no pescoço, peito, braços e depois, para rematar, ainda veste uma camisa branca? Perguntei-lhe se estava a fazer testes para alguma marca de detergente de roupa, mas não obtive uma resposta convincente. 

terça-feira, 17 de julho de 2012

Pois bem

Pronto encontrei tomates, não sei se são os meus, mas fazem o seu propósito.
Aguardo uma mudança de vida. Não gosto de mudanças, apesar de afirmar sempre que gosto.
Sou uma mentirosa é o que é.

Ahh e tal nunca choro em filmes - digo eu muito convicta. Ahh porque não chorei no titanic, porque não choro em merdas de filmes românticos. Eu sou a maior - penso eu convicta.

O que eu não digo é que chorei feita tola a ver o Marley&Me. Ainda nego este facto, se for preciso.

Portanto, sou um mentirosa. Arroto de alto: A mudança é quase sempre positiva, a mudança faz bem. Não há pior coisa que uma vida estagnada, com falta de movimento.

Agora que me vejo obrigada a mudar, estou uma cagufas. Sou mentirosa e cagufas, é o que é.

Isso de ser bipolar, é cansativo pá.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

S/T

Certo é que nunca fui mulher de falta de coragem. Portanto, só posso concluir que me roubaram os tomates.
Quem os encontrar favor devolver, estão a fazer-me falta.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Damn

O quanto eu gosto que me façam convites que não são convites.
O quanto eu gosto que façam passar a ideia de tenho poder de escolha, quando na realidade não tenho.

Arghhh que eu estou com a telha.

Vou dizer que sim, mesmo sem querer, porque apesar de todas as conversas mansas eu sei que a decisão não é minha.

Arghhhh estou como ruim.

Amanhã retomaremos a emissão normal.

Telefonema Matinal

Senhor muito cordial: Bom dia, como está?

Eu (a tentar fingir-me acorda): Bom dia, bem obrigada. Como está?  Bem disposto?

Senhor muito cordial: Ora cá se vai andando menina, cá se vai andado. Estou a ligar para saber se me pode dar uma ajuda. Sabe qual é o modelo de piça que está normalizado?

 Gasper sente a sua mente a ser invadida por piadas fáceis. Gasper controla-te, controla-te!

Senhor muito enrascado: PINÇA! PINÇA!

terça-feira, 10 de julho de 2012

Eu não ia falar disso, juro que não ia


Mas depois encontro essas coisas, e pronto.

Uma canseira, uma verdadeira canseira

Sonhei toda a santa noite, que era uma detective muito espectacular. Tão espectacular que, descobri que havia um senhor taxista que tinha a chave do meu carro. Descobri igualmente que o sacana, enquanto eu dormia, roubava o meu carro para ir levar pessoas a casa. O estupor roubava o meu carro, usava a minha gasolina e ainda me riscou o carro.

Sim, eu sei que foi um sonho, mas garanto que ter espancado o senhor durante o sonho não foi suficiente. Estou pólvora hoje, pólvora!

domingo, 8 de julho de 2012

A aventura da ida à Praia

Uma mulher acorda, o tempo está uma treta. Mulher decide que não vai à praia. Mulher toma banho e sai de casa para comprar tabaco. Mulher apercebe-se que o tempo está a abrir, afinal Mulher quer ir à praia.

Venho a casa, visto o biquíni a correr, tão a correr que só a chegar à praia é que me apercebi que só tinha vestido a parte de cima do biquíni. Voltei para trás, agradecendo o facto de morar perto da praia. Venho a casa a correr vestir a parte de baixo do biquíni, tão a correr que só na praia é que me apercebi que tinha aquela merda vestida do avesso.

Praia de nudista procura-se!  


Porque hoje é Domingo


sábado, 7 de julho de 2012

oh mas que porra

Solicito, do fundo do coração, que façam o obséquio de não usar leggings com nada que não usassem com collants. É que hoje, tive uma visão do cu completamente desnecessária.

Tenho a córnea ferida, é o que é.

A evolução senhores


sexta-feira, 6 de julho de 2012

Aiii filha

Um dia vou compreender porque raio começo a sussurrar cada vez alguém fala muito baixinho comigo ao telefone. Eles não podem falar alto e eu sofro por simpatia?

Por vezes fico assim, extremamente desiludida com a minha estupidez momentânea. 

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Fora do meu tempo

Os telemóveis causam-me comichão, pronto já disse. Irrita-me o facto de as pessoas acharem que, por ter um dispositivo que me permitem estar sempre contactável, sou obrigada a estar sempre contactável. Parece que até meteram nos seus cérebros de amendoins que quando não atendo uma chamada tenho de justificar o porquê:

- Não me atendeste o telefone ontem porquê?
- Só me estás a ligar agora? Eu liguei-te há uma hora. Porque é que não atendeste?

Dou uma, de duas respostas possíveis (ambas verdadeiras):

1) Não ouvi o telemóvel (Porque está quase sempre sem som e porque não me apetece estar a olhar para ele);
2) Porque não me apeteceu. (Simples, mas estranhamente mal recebido pelas pessoas)

A parte de ser alvo de olhares reprovados quando estou a falar com alguém, o meu telemóvel toca (das poucas vezes que está com som), e eu para além de não atender o dito cujo ainda o coloco no silêncio, já não me incomoda. Não tenho a culpa dessas almas não compreenderem que, falta de educação é calares a pessoa com quem estás a falar pessoalmente, para atender um telefonema ou mandar uma mensagem (isso de mandar mensagem dá outroooo post)

E o pior, o que me faz mesmo ter pequenos ataques epilépticos, é quando chego ao telemóvel e tenho 10 chamadas não atendidas da mesma pessoa. Depois, processa-se o seguinte telefonema:

- Olá!!
- Alguém a morreu?
- Oh claro que não.
- Alguém está no hospital?
- Oh mulher não.
- Então ligaste-me 10 vezes seguidas porquê?
- Oh não me atendias o telefone e queria saber Blá Blá (que é como quem diz nada de jeito).
- Então volta-me a ligar apenas quando alguém estiver a morrer ou no hospital.

Senhores, é assim tão difícil perceber que quando uma pessoa não te atende à primeira, a não ser que estejas em pânico, não faz qualquer sentido ligar mais vezes? A pessoa não atendeu porque não está ao pé do telemóvel, não quis, não ouviu, pfffff who cares? Devolverá a chamada mal puder (ou no meu caso, algures no próximo ano).

Sei bem o jeito que dá ter um dispositivo móvel que, engana-se quem achar o contrário, eu dou bastante uso (quando quero/preciso). Gosto apenas de me lembrar que, as pessoas eram amigas antes de estarem sempre contactáveis, namoravam sem sms a cada 5 minutos, quando sentiam saudades procuravam em vez de lamentarem a ausência de resposta a uma sms que dizia que iam cagar.

Caguem calados, porra.

Este sim é um post para encher chouriços


quarta-feira, 4 de julho de 2012

Pergunto-me

Para fazer parte dos tempos modernos, tenho de tirar fotografias que se assemelham às de antigamente? Têm forçosamente de parecer tiradas com uma máquina de fraca qualidade. É isso, né?

Porque o pouco faz muito - "Estamos de Esperanças"

Porque de quando a quando fala-se a sério.
Porque há histórias que nos tocam.
Porque, às vezes, podemos mesmo ajudar e sabemos como.
Porque a Pólo Norte sabe que quanto mais pessoas souberem da Bia, mais possibilidades têm.

Aqui Vai:

" "Tens um mano na tua barriga?" - entrou de rompante pelo meu quarto. A mãe, internada no quarto ao lado, tentou demove-la. " Não incomodes a senhora! Anda cá!". Mas ela continuava a olhar para mim, de pé, à beira da minha cama de hospital. Olhos azuis, cabelo louro, 4 anos de gente.
 
"Também tens um mano na barriga?"- insistia. Pego-a ao colo para se sentar aos pés da cama, leve que nem uma pluma. "Cuidado com o meu cateter!". A mãe, pálida e com ar gasto, grávida do mesmo tempo gestacional que eu, a contar-me da leucemia da filha, dos tratamentos de quimioterapia, da gravidez que pode ser uma esperança de vida, de mais vida ainda, o verdadeiro milagre da vida, para a filha que já vive. Das possibilidades de compatibilidade do novo bebé, que entretanto ganha pouco peso no útero, fruto do sistema nervoso da mãe que, internada, não acompanha pela primeira vez, em dois anos e meio, o ciclo de quimioterapia da filha.
 
"Tens um Bobi?"- fita-me, a pequena, de olhos pregados no suporte com rodas que me eleva o soro. E a mãe sorri, gasta e cansada, velha no pico dos seus 26 anos, a aguardar um milagre que são dois, agora. O bebé só tem um rim mas não lhe importa. A doença da filha ensinou-a a racionalizar a realidade. "Vive-se só com um rim, eu quero é que ele nasça bem, mesmo que não seja compatível,. Quero- os aos dois, bem! Percebe-me, não é?" Percebo tão bem.
 
E a menina canta- me aos pés. Elevo-a no elevador da cama, fica alta no cimo do colchão elevado. "Vou tocar no sol!"- e não parece doente, enquanto escorrega pelas minhas pernas, se ri às gargalhadas e folheia um livro que me ofereceu uma leitora deste blog.
 
A mãe a insistir que me deixe sossegada, sorriso exausto. Está desempregada, " ninguém dá trabalho a uma mulher que tem que faltar uma semana por mês para acompanhar a filha na quimioterapia". E, agora, internada. O marido teve que meter baixa para a substituir- "o dinheiro da baixa não vem logo no mês em que gozamos a baixa, este mês nao sei como irá ser". A filha, tagarela, dá gargalhadas e, por um momento, o sorriso abre-se, alheio aos problemas. Acaricia a barriga, como que a regar o crescimento do bebé que aí vem.
 
Falamos dos bebés que esperamos. Chega mámen para a visita, senta a menina ao colo, faz-lhe desenhos a pedido. A mãe elogia o jeito dele para desenhar. Mostro- lhe a fotografia da parede do quarto da Ana, pintada por ele. A menina pergunta se ele lhe pode desenhar uma Kitty na parede. Sorrimos os dois, cúmplices. Hoje toleramos a Kitty. Sim, irá pintá-lá, logo que a mãe regresse a casa. A menina salta de alegria.
 
Chega o jantar, a mãe e a menina recolhem ao seu quarto, não sem antes a pequena insistir: "Tens um mano na barriga?".
Lembro- me das discussões que temos tido acerca da preservação de células estaminais. Banco Público ou empresa privada? Se colocarmos no Banco Publico e aparecer alguém que precise, a nossa filha fica sem as suas células disponíveis. No Privado as células serão sempre guardadas para ela.
E a menina ali ao lado, a precisar de um transplante de medula. Não pode haver egoísmo na humanidade. Nem umbiguismo. Se a nossa filha fosse compatível, não hesitaríamos um segundo, sabemo-lo com o olhar, as palavras não são precisas.
E, finalmente, respondo "Sim, tenho uma (m)Ana na barriga!". Porque todos os bebés deveriam ser irmãos da menina.
A minha sê-lo-á."
 
Podem acompanhar os desenvolvimentos Aqui
 
Por vezes, os pequenos gestos mudam vidas.

terça-feira, 3 de julho de 2012

A sério?!

"A Inspecção-Geral de Finanças identificou dirigentes de topo que escaparam aos cortes salariais, atribuição ilegal de prémios e problemas nos ajustes directos." Aqui

Nunca, nunca pensei que isso se passasse em Portugal.
Nunca, nunca pensei que devia haver milhares de pessoas a mamar em Portugal.

E agora acho que vai ficar tudo resolvido, vão deixar de mamar... Vai correr tudo bem.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Milagre!

Acordei bem disposta... acordei verdadeiramente bem disposta. Não sei se foi do facto de acordar e ver sol, se foi de ter dormido bem ou de ter lavado acidentalmente o cabelo com gel de banho. Mas fica aqui registado que acordei mesmoooo bem disposta (e que lavar o cabelo com gel de banho não é grande ideia).

domingo, 1 de julho de 2012

Cala a boca Gasper

Desde que me lembro de existir, lembro-me de ser conhecida por falar de mais. Se tenho uma opinião partilho, considero-as sempre pertinentes, e falta-me um filtro entre o pensamento e a boca.

Ontem na conversa com uns amigos, falava-se no namorico de adolescência do L. com a M. A história amorosa deles durou muito pouco, e o L. estava a justificar que a relação falhou devida a tenra idade dos envolvidos. Claro que eu achei que a minha opinião sobre esse assunto era importante demais para ficar só para mim e disse:

A relação falhou porque a miúda não tem, e nunca teve, nada na cabeça. É muito bonita, tem mamas gigantes, mas é burra que dói.

Faz-se silêncio da mesa. Sinto um olhar reprovador vindo do meu lado direito seguido de:

Tens noção que estás a falar da minha prima? A MINHA PRIMA.

...

Eu sabia que eram primos, mas nem me lembrei.
Penso, poder afirmar que não terei amigos na velhice.

A parte que mais me desiludiu dessa história, o que me fez ficar mesmooooo chateada comigo, foi a minha reacção a esta situação embaraçosa. Comecei a cantar "Ups a did it again". Foda-se e toda a gente sabe que odeio a Britney.

Aii vida difícil

Gasper onde jantaste ontem? Perguntam vocês.




As fotografias foram retiradas da Internet porque aqui a Anta esqueceu-se da máquina fotográfica.