Do néon

Às vezes pondero vestir só o colete reflector que tenho no carro.

Gosto de estar na moda, gosto de chamar à atenção.

Será que...

Será que algum dia desaparece a sensação de nó no estômago cada vez que tenho de realizar um trabalho/tarefa nova?

Será que eu quero realmente que desapareça?

Penso que não é difícil

Penso mesmo que não é difícil perceber que não suporto pessoas que abusam dos diminutivos:

Queres tomar um cafézinho no barzinho ali da esquina?

(respira fundo)

Penso que não difícil perceber que os nomes fofinhos me dão comichão:

Oh fofinha, queres ir tomar um cafézinho no barzinho da esquina?

(respira muitoooo fundo)

Piora um pouco quando alguém, algures no tempo, decidiu que chamar "bebé" a alguém era fofinho.

Então bebé, queres ir tomar um cafézinho no barzinho da esquina?

(Mata-me!)

E quando eu explico, tentando manter a calma, que os bebés podem ser fofinhos e queridos e mais a porra, mas o chamar uma mulher crescida de bebé é piroso, dizem que sou desagradável e até insensível.

Para aliviar o mau feitio a tensão de todos os disparates que ouvi hoje, fui beber um gin. Aiiiiii como se chamava aquele Gin que gostei tanto o outro dia? Ahhh já sei!

Era um Morrison  com bastante gelo se faz favor! - Pedi eu

Um Morrison ou um Hendricks menina? - Perguntou-me o senhor entre gargalhadas.

Aiiii as saudades do tempo

Em que só haviam 27 idiotas.

Uma pausa sem kit-kat

Acabei por fazer uma pausa da vida virtual, mesmo sem a ter planeado.

O meu computador está com ataques de loucura e com afrontamentos (há quem diga que a ventoinha deu o berro, eu cá acho que o gajo entrou na menopausa). A realidade é que também não foi esta a razão da minha ausência.

Estou de volta. Acho sinceramente que estou de volta.

Diria até que estou com saudades disso.