A mama começa desde cedo, parece que já nascemos com uma série de direitos.
Temos direito à expressão, temos direito à igualdade, temos direito de receber pelo nosso trabalho, temos o direito de peidar onde bem nos apetece.
Por vezes tenho a leve sensação que algures no processo de maturidade se esqueceram de nos ensinar que temos de merecer os nossos direitos e saber o que fazer com eles. Temos, por exemplo, que trabalhar para receber. Talvez seja prudente escolher o sitio onde peidar. Se vamos peidar onde bem nos apetece, à beira de quem nos apetece, depois não nos podemos queixar de também cheirar a merda dos outros.
Mas estava eu a falar de mama, dizem que uma das primeiras experiências traumáticas das pessoas é o desmame. Eu cá acho que isso nem chega a acontecer, passamos a vida a mamar.
Acontece em trabalhos de grupo de escola, acontece no trabalho "de gente grande", acontece em todo o lado. Há sempre o chico esperto, que sabe que estar à sombra é melhor do que estar ao sol (sempre ouvi dizer que a merda seca ao sol). A viagem é mais agradável feita empoleirada em alguém.
Ora a senhora de quem vos vinha falar é uma senhora cheia de direitos, mas alvo de extrema injustiça. Imaginem lá que lhe querem proibir de fazer a sua vida pessoal com o carro e gasolina da empresa. Imaginem só!
Depois eu tenho mau feitio quando lhe digo que está na altura de por os pés na terra e parar de mamar. Se eu tenho dinheiro para a minha gasolina, ela também tem de ter. Até porque deve ganhar mais do dobro do meu ordenado.
O engraçado, é que após quase 4 anos a trabalhar com a senhora continuo sem saber o que faz, mas isso são pormenores certamente.